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/ Cidadania

Surto de chicungunha avança em Ribeira do Pombal

Os exames são realizados no Pará, ainda assim já são 7 os casos diagnosticados em Ribeira do Pombal

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A Cons. Fátima Bitencurtte vítima da chicungunha

DA REDAÇÃO: A notícia de que Feira de Santana está vivenciando uma epidemia da febre chicungunha deixou a cidades circunvizinhas em estado de alerta, inclusive Ribeira do Pombal, dado que é significativo o fluxo de pombalenses para aquela cidade, o que podia facilitar a proliferação da doença. Contudo Ribeira do Pombal, nesta última sexta-feira, (12/12), confirmou a existência de 7 casos no Município.

Ressalte-se, porém, que, antes mesmo da divulgação dos exames que confirmaram a presença da doença, existiam fortes suspeitas de que a mesma já havia chegado ao Município, pelo fato de alguns pacientes apresentarem sintomas característicos da doença, tais como febre, dores nas articulações, dificuldade para locomoção.

Foi o que aconteceu com a assistente social e conselheira tutelar Maria de Fátima Bitencurtte, conhecida como Dona Fátima. Em entrevista ao programa “Primeira Página”, no dia (10/12), o seu esposo Dr. Gomes alertou a população pombalense sobre um possível surto da doença, bem como relatou as dificuldades que Dona Fátima vem enfrentando por conta da virose.

Na tarde desta terça-feira, (16/12), o Blog do Gomes entrevistou a enfermeira Ana Verena Andrade, Coordenadora de Vigilância Epidemiológica do Município, que alertou para o fato de que Ribeira do Pombal pode estar na iminência de viver uma epidemia de chicungunha, já que a doença é de fácil proliferação e tendo em vista que além dos 7 casos já diagnosticados foram encontradas diversas outras pessoas com sintomas característicos da doença, principalmente a dificuldade locomoção causada pelas fortes dores nas articulações.

Segundo Verena a transmissão se dá somente pelo mosquito e que a única possibilidade de contágio de uma pessoa para outra são as gestantes, que podem transmitir a doença o bebê, caso esteja doente, motivo pelo qual merecem atenção especial. Também relatou que o tratamento não tem tempo determinado, podendo variar,  a depender do organismo da pessoa contagiada, podendo ainda deixar sequelas permanentes, a exemplo de dores crônicas, principalmente nas pessoas com mais idade, e que a única maneira eficaz de evitar o contagio é usando repelente.

Esclarece ainda a coordenadora que a equipe da Secretaria de Saúde tem atuado de forma redobrada no intuito de prevenir e diagnosticar os casos de febre chincungunha no Município, para as necessárias providências, visitando os locais com casos confirmados, instruindo a população sobre os cuidados necessários para conter a proliferação do mosquito.

Sinais da chicungunha

A febre chicungunha é uma doença viral parecida com a dengue, transmitida por um mosquito comum em algumas regiões da África. Nos últimos anos, inúmeros casos da doença foram registrados em países da Ásia e da Europa. Recentemente, o vírus CHIKV foi identificado em ilhas do Caribe e na Guiana Francesa, país latino-americano que faz fronteira com o estado do Amapá.

A chikungunya provoca sintomas semelhantes aos da dengue e é causada por um vírus transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.

Na fase aguda da chicungunha, a febre é alta, aparece de repente e vem acompanhada de dor de cabeça, mialgia (dor muscular), exantema (erupção na pele), conjuntivite e dor nas articulações (poliartrite). Esse é o sintoma mais característico da enfermidade: dor forte nas articulações, tão forte que chega a impedir os movimentos e pode perdurar por meses depois que a febre vai embora.

Não existe vacina contra febre chicungunha. Na verdade, a prevenção consiste em adotar medidas simples no próprio domicílio e arredores que ajudem a combater a proliferação do mosquito transmissor da doença

No Brasil, o 1º caso confirmado de Chicungunha ocorreu em 16/09 deste ano, ocasião em que o Ministério da Saúde divulgou nota oficial. Pai e filha foram infectados na cidade de Oiapoque, no extremo norte do Amapá, e exames laboratoriais confirmaram o diagnóstico, despertando a preocupação das autoridades, tendo vista que o Aedes aegypti e o Aedes albopictus, mosquitos transmissores da dengue e da febre amarela, têm todas as condições de espalhar esse novo vírus pelo País.

Na Bahia, os primeiros casos foram confirmados poucos dias após a nota oficial do Ministério da Saúde que dava conta da Febre Chicungunha no País, em 19/09, na cidade de Feira de Santana. A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) confirmou que cinco moradores da cidade infectados com o vírus não fizeram viagem recente ao exterior, o que significa que a doença foi transmitida dentro do país.

Com informações de Veja e G1.

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