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/ Corrupção

Irmão do ex-ministro Mário Negromonte aparece na 1ª denúncia da Lava jato

O irmão do Conselheiro Mario Negromonte, do TCM, mais conhecido como o homem da mala, Adarico é denunciado na Operação Lava-jato.

No destaque, ministro Mário Negromonte

Adarico e, no destaque, ex-ministro Mário Negromonte, Cons. do TCM

O Ministério Público Federal (MPF) do Paraná denunciou nesta quinta-feira (11) à Justiça do Paraná 35 investigados na sétima fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga esquema de desvio de dinheiro e superfaturamento de obras da Petrobras. Fica ao critério agora do juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato, aceitar as denúncias dos procuradores. Caso sejam aceitas, os investigados passarão à condição de réus no processo por crimes de corrupção, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foram denunciadas pessoas ligadas às empresas Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, OAS  e UTC. Dos 35 denunciados, 22 estão ligados às empreiteiras. As cinco denúncias apresentadas nesta terça à Justiça dizem respeito aos contratos da área de abastecimento da Petrobras. Novas denúncias devem ser apresentadas nós próximos dias. “Essas pessoas roubaram o orgulho do brasileiro (…) Seguiremos como sempre fizemos, de forma serena, equilibrada, mas de forma firme e contundente. Cada pessoa, pela disposição legal, tem responsabilidade pelo ato que praticou e compete ao Ministério Público aplicar os instrumentos que lhe são postos à disposição”, ressaltou o PGR.

Janot viajou para Curitiba (PR) na manhã desta quinta-feira, 11, para se reunir com a força-tarefa do MPF do Paraná que atua no caso, para discutir quais medidas podem ser tomadas a partir do oferecimento das denúncias.

Durante entrevista coletiva, o procurador regional Deltan Dallagnol garantiu que novas denúncias serão apresentadas. Ele definiu o esquema como “jogo de carta marcada”, em que, usando sistema de bingos, empreiteiras sabiam quem iria ganhar e quanto iria levar de cada obra da Petrobras.

O MPF estima que R$ 300 milhões tenham sido desviados no esquema, mas acredita que o valor chegue a R$ 1 bilhão. De acordo com o procurador, foram identificados 154 atos de corrupção e 105 atos de lavagem de dinheiro.

O ressarcimento de quase R$ 1 bilhão que o MPF buscará corresponde a 3% dos valores de contratos firmados por meio do esquema de fraude na licitação. Segundo o MPF, este era o percentual destinado à propina paga pelas empresas corruptoras aos beneficiários.

A operação Lava Jato começou investigando um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões. A investigação acabou resultando na descoberta de um esquema de desvio de recursos da Petrobras, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, envolvendo as maiores empreiteiras do país.

 

Confira lista dos denunciados:

– Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras
– Alberto Youssef
– José Humberto Cruvinel Resende
– Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da Área Internacional da Construtora OAS S.A
– Carlos Eduardo Strauch Alberto, diretor técnico da Engevix Engenharia S/A
– João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Construções e Comércio Camargo Correa S.A
– Eduardo Hermelino Leite, alcunha ‘Leitoso’, diretor vice-presidente da Camargo Correa S.A.
– João Procópio Junqueira Pacheco de Almeida
– Sérgio Cunha Mendes, diretor vice-presidente Executivo da Mendes Júnior Trading Engenharia S/A
– Carlos Alberto Pereira da Costa
– Enivaldo Quadrado
– Rogério Cunha de Oliveira, diretor da Área de Óleo e Gás (ANOG) da Mendes Júnior Trading e Engenharia
– Angelo Alves Mendes, diretor vice-presidente da Mendes Júnior Trading e Engenharia S.A
– Alberto Elísio Vilaça Gomes
– Antonio Carlos Fioravante Brasil Pierucinni
– Mário Lúcio de Oliveira
– Ricardo Ribeiro Pessoa, responsável pela UTC Participações S.A.
– João de Teive e Argollo
– Sandra Raphael Guimarães
– Marcio Andrade Bonilho
– Jayme Alves de Oliveira Filho, o “Careca”, agente da Polícia Federal
– Adarico Negromonte Filho, irmão do ex-ministro das Cidades e deputado federal Mário Negromonte (PP-BA)
– José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS
– Mateus Coutinho de Sá Oliveira, OAS
– José Ricardo Nogueira Breghirolli, funcionário da Construtora OAS
– Fernando Augusto Stremel Andrade, OAS
– João Alberto Lazarri
– Gerson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix Engenharia S.A.
– Newton Prado Junior, diretor técnico da Engevix Engenharia S/A
– Luiz Roberto Pereira
– Erton Medeiros Fonseca, diretor-presidente da divisão de Engenharia Industrial da empresa Galvão Engenharia S.A.
– Jean Alberto Luscher Castro
– Dario de Queiroz Galvão Filho
– Eduardo de Queiroz Galvão
– Waldomiro de Oliveira

Com informações do Diário do Poder

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