A oncinha segue bebendo água. As pesquisas de opinião atestam que metade da população considera o governo de Lula ótimo ou bom. Surpreendentemente, seu desempenho atual é ainda melhor do que no primeiro mandato – algo raro na política mundial. A popularidade do presidente alimenta-se não só de sua sintonia com o povão, como pelo estado geral do país.
As estimativas indicam que a economia cresceu mais de 5% em 2007. Lula tem pouco do que reclamar. Seu único revés ocorreu em dezembro, quando o Senado rejeitou a prorrogação da CPMF, o imposto do cheque. Mas o presidente assimilou bem o golpe. Não esperneou e, melhor, prometeu que não baixará pacotes fiscais demasiado pesados, para compensar a perda de receita. O céu é de brigadeiro, mas o horizonte se turva um pouco quando o assunto é sucessão.
Lula não tem entre os petistas um candidato natural para substituí-lo. Apreensivo com a possibilidade de ter de ceder o poder, o PT tenta convencer o presidente a buscar um terceiro mandato. Lula, contudo, nega com veemência essa possibilidade. E nada leva a crer que ele esteja só jogando para a platéia. Até agora, o craque vem mostrando enorme disposição para ganhar o jogo no tempo regulamentar, sem precisar apelar para uma prorrogação. Assinante da VEJA leia mais
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