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Tribunal de Contas da Bahia sob suspeita

Nada do que as denúncias veiculadas no jornal A Tarde deste domingo (20/04, p. 18) é novidade. O Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia, realmente, aponta irregulararidades graves em seus pareceres, mas acaba aprovando as contas de câmaras e prefeituras municiapais. A injunção política sobre a consciência dos juízes-conselheiros do TCM é algo que beira a perversão. No momento do aperto gestores acionam “pistolões políticos” para modificar tendências de julgamentos. Sempre se ouviu falar disso.

A novidade é que o previsível acabou acontecendo. A alternância de poder acabou oxigenando vozes dantes ignoradas. Aquelas autoridades que sempre se opuseram à leniência do TCM não se arriscavam a falar para não cair no rídiculo. Não tinham voz, enfim. O magnífico promotor de justiça Valmiro Macêdo, coordenador do Núcleo de Investigação de Crimes de Prefeitos, da Procuradoria-Geral de Justiça (órgão superior do MP), era um desses amordaçados que agora aparece denunciando as incoerências do TCM. Para Valmiro as decisões do TCM, na medida em que são definidas pelos conselherios e não por técnicos, são estruturadas em critérios políticos.”

Zé Grilo

É lamentável! Contudo o fato é que Ribeira do Pombal volta figurar nas páginas dos maus exemplos na gestão do prefeito José Lourenço Morais da Silva Junior, que teve suas contas examinadas na 10ª Inspetoria do TCM por parente da sua esposa. O fato é tido como curioso pelo repórter AGUIRRE PEIXOTO. Diz ele:

“Uma situação ainda mais curiosa ocorreu em Ribeira do Pombal, nos anos de 2005 e 2006. A análise das contas da prefeitura pelo TCM foi feita, em alguns meses, por uma prima da mulher de José Lourenço Júnior, prefeito de Ribeira do Pombal.”

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