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Dadá: irresponsável, sim! Bom de voto, porém.

O sr. Edvaldo Cardoso Calasans, vulgo Dadá, do ponto de vista político, é ele próprio o emblema da contradição, um paradoxo em si mesmo. Mesmo quem o venera admite seu perfil porra-louca, inconseqüente. Por outro lado, nem mesmo os adversários figadais negam à Dadá a fama de “bom de voto”. As eleições de 2008, mais uma vez, corroboram essa tese.

Em que pese ter sido impugnado pela Justiça Eleitoral; sentenciado por chefiar um bando que causou graves prejuízos aos cofres da prefeitura de Ribeira do Pombal; ter sido preso e ido para as urnas com três contas rejeitadas, Dadá mostrou que além de rato, tem fôlego de gato, ao assegurar 12.810 votos a seu favor, ainda que nulos.

Os números mostram que Dadá, apesar de ter-se ausentado de sua base eleitoral em torno de quatro anos, não perdeu um único voto para seus adversários. Pelo contrário, conseguiu arrebanhar mais alguns por osmose. Em 2006, na eleição para deputado estadual, 42,8% dos eleitores que compareceram às urnas votaram nele; em 2008 foram 43,8%.

Ainda bem que quantidade de votos não induz eficiência. Embora seja, reconhecidamente, bom de voto, Dadá tem-se revelado um desastre eleitoral na medida em que tenta decidir o jogo sozinho. As sucessivas eleições têm demonstrado que em Ribeira do Pombal não há mais lugar para cacique político.

Essa é terceira vez que Dadá perde para Zé Grilo, cuja competência reside na sua aptidão, cada vez mais refinada, de saber liderar uma densa equipe de lideranças políticas. O resultado disso é que a soma de pequenas e médias cestas de votos transforma-se na cesta da vitória. É o que basta para ter-se a gerência das arcas da viúva. Quem não enxergar essa tendência possivelmente terá muitos votos, mas também muitas derrotas.

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