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/ Corrupção

Itália pode negar repatriação do petista Henrique ‘Fujão’ Pizollato

Para especialista, Governo Italiano não concederá extradição de Pizzolato

BBBDA REDAÇÃO: Há exatos 2 anos e 5 meses, o Supremo Tribunal Federal (STF) deu contornos finais ao imbróglio diplomático entre Brasil e Itália em que se discutia os rumos da vida do ativista de esquerda Cesare Battisti para a Itália.  À época, a Suprema Corte Brasileira, por 6 x 3,  opinou pela manutenção da decisão do então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que rejeitou a possibilidade de extradição, sob o argumento de respeito “a vontade soberana do Estado brasileiro” e concedeu asilo político ao italiano, que em seu país de origem havia sido condenado à prisão perpétua  como responsável pelo assassinato de quatro pessoas nos anos 70.

O posicionamento do Governo Brasileiro não foi bem recebido na península itálica, que ameaçou recorrer à Corte Internacional de Justiça de Haia (Holanda), ameaça que não se confirmou. E ficou por isso mesmo. A Itália foi obrigada a amargar a frustração, vendo Battisti experimentando as delícias de Pindorama; e o Brasil, de lá para cá, nunca mais gozou de um bom relacionamento diplomático com aquele país.

Mas é como diz o dito popular: “Aqui se faz, aqui se paga”; “um dia vão precisar de nós”, devem ter pensado os italianos. E ao que parece, esse dia chegou. Isso porque, desde a sentença condenatória emitida pelo STF que determina a prisão imediata dos réus do mensalão, Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil e que tem dupla nacionalidade (Brasil – Itália), ao tomar conhecimento da mesma, fugiu  para Itália em busca de refúgio e, por conseguinte, do não-cumprimento da pena.

Em efeitos práticos, a fuga de Pizzolato para Itália significa a impossibilidade do Judiciário brasileiro conduzi-lo à prisão para o cumprimento da pena de 12 anos e 7 meses, pelos crimes de peculato, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Agora chegou a vez de a Itália dizer não ao Brasil, quando este pedir a extradição do petista fujão.

Especialistas em Direito Internacional ouvidos pelos principais jornais do país alegam que o governo Italiano está “engasgado” com o caso “Battisti” e que  dificilmente irá conceder a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil, até porque ele possui dupla cidadania, o que muito dificulta o procedimento.

Está dada a largada para o início de mais uma novela internacional entre Brasil e Itália, só que dessa vez os papéis estão invertidos. Até o seu fim Henrique Pizzolato goza de sua mais plena liberdade em solo italiano.É aguardar os próximos capítulos, que pode começar pela proposta de permuta de Pizzolato por Battistti.

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