Em seminário no qual o PT celebrava dez anos à frente do governo federal, a presidente Dilma Rousseff, que enfrenta queda na popularidade, disse ontem, em Salvador, “ter certeza” de que “mais dez anos virão”.
“O que nós fizemos é apenas o começo. Nossa estratégia de desenvolvimento exige mais. Isso é o que nos diferencia. Por isso podemos ter certeza de que 10 anos virão. Mais dez anos de transformação são possíveis”, afirmou Dilma, ao lado do antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva.
No mesmo evento, a presidente fez cobrança velada ao Congresso pelo atraso na “tão falada, debatida e adiada reforma política” como forma de atender às manifestações populares de junho.
O evento do partido foi o último da série, inaugurada em fevereiro com o lançamento da candidatura de Dilma à reeleição pelo ex-presidente Lula.
Dilma reafirmou que sua proposta de consulta popular, por meio de um plebiscito, é “a resposta mais evidente que podemos dar às manifestações”. Apesar das tentativas, o governo enfrenta resistência até mesmo em sua base de sustentação.
“Só o [ex-]presidente Lula mandou por duas vezes a proposta para o Congresso”, afirmou Dilma, dando recado aos parlamentares, que já acenaram para a impossibilidade de a proposta valer nas eleições do ano que vem.
“Quero que o povo balize que tipo de reforma política precisa ter. E nós sabemos que o PT tem o dever de liderar esse processo”, disse.
Durante sua fala, o presidente do PT, Rui Falcão, disse que, se não for possível conseguir a plebiscito por meio do Congresso, o PT conseguirá viabilizá-la “nas ruas”.
Ao tratar do cenário econômico, Dilma afirmou que a taxa de inflação deste ano ficará dentro da meta. “Vai fechar 2013 na meta. Será o décimo ano seguido de inflação sob rigoroso controle.”
Pressionado por aliados a se candidatar em 2014, o ex-presidente Lula afirmou, em discurso de 50 minutos, que gostaria de ter “feito mais” em seus mandatos.
Lula fez ainda uma autocrítica ao PT quando falava do papel do militante histórico da sigla. “Ele fica envergonhado quando ouve dizer que pessoas do PT participaram de coisas que não deveriam participar, e que o PT fez coisas que não deveria fazer.”
Em seguida, o ex-presidente reafirmou o desejo de ver aprovada a proposta de financiamento público de campanhas, bandeira petista
Fonte: Folha de São Paulo
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