A suspeita é a de que Lula usava seu segurança para pagar despesas pessoais com dinheiro do Mensalão

Considerado, hoje, uma autêntica bomba-relógio, Marcos Valério, o operador do Mensalão, já condenado a 40 anos de cadeia pelo Supremo Tribunal Federal, resolveu abrir o bico para os investigadores da PF, em Minas Gerais.  O artífice do maior escândalo de corrupção da nossa história, chamou o ex-presidente Luiz Inácio para roda dos mensaleiros, a declarar que  parte da propina mensaleira custeou “despesas pessoais” de Lula em 2003, quando ele já era presidente.

O dinheiro –cerca de R$ 100 mil, segundo Valério— foi depositado na conta de uma empresa de segurança chamada Caso, que tinha como sócio Freud Godoy, segurança pessoal de Lula. Ele também deve ser inquirido pela PF nos próximos dez dias.

Deve-se a movimentação da PF ao procurador da República Leonardo Augusto Santos Melo. Em ofício encaminhado à Superintendência da PF em Minas Gerais, no dia 22 de fevereiro, ele solicitara um detalhamento do destino de recursos movimentados no esquema do mensalão. Transcreveu trechos do depoimento de Valério –aquele de setembro. Além de Freud, a investigação envolve outros 25 destinatários de verbas –entre pessoas físicas e empresas.

Em 2005, ano em que o mensalão ganhou as manchetes, a CPI dos Correios detectara um repasse de R$ 98,5 mil da SMP&B para a firma Caso, de Godoy. O depósito foi feito no primeiro mês da gestão de Lula, em 21 de janeiro de 2003. Valério entregou à PF cópia do cheque.

Freud disse que o dinheiro custeou serviços que sua empresa prestara à campanha de Lula em 2002. Coisa não formalizada em contrato, afimou. Em resposta a Valério,o ex-assessor de Lula declarou que suas contas já foram viradas do avesso pelos órgãos de controle. Lula evita falar sobre o assunto. Na única declaração pública que fez sobre o depoimento de Valério, ainda no ano passado, disse que ele mente.

Com informação do Blog do Josias de Souza.

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