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Ícone da “maresia baiana” é chamado aos céus

Morreu neste sábado no Rio de Janeiro o cantor e compositor Dorival Caymmi, ícone da música brasileira que imortalizou a Bahia em suas canções. De acordo com relatos de seus familiares passados à imprensa, o músico morreu em sua casa no bairro de Copacabana, pela manhã, de insuficiência renal e falência múltipla dos órgãos. Ele tinha 94 anos.
Nascido em Salvador em 30 de abril de 1914, Caymmi trabalhou como jornalista na capital baiana ainda na adolescência. Nessa época, ensinou a si próprio a tocar o violão e a escrever canções. Chegou a ter programa de rádio e a ganhar um concurso de Carnaval antes de trocar sua cidade pelo Rio de Janeiro, em 1937. Ali, foi incentivado por amigos a perseguir a carreira musical. Se tornaria cantor da Rádio Tupi no ano seguinte, quando começou a escrever as canções antológicas que fariam o seu nome.

O grande salto veio com O Que É Que a Baiana Tem, imortalizada na voz de Carmen Miranda. A inclusão da música no filme Banana da Terra (1938) selou o destino de Caymmi como grande compositor, e serviu de ponto de partida para uma trajetória de prestígio nacional e internacional. A música é responsável até pelo figurino mais conhecido da atriz, inspirado nos versos de Caymmi.

Outras grandes canções viriam, com melodias leves, inspiradas pela praia e pelo folclore baiano: Maracangalha, Promessa de Pescador, Saudade de Itapoã, Rosa Morena. O baiano chegou a ter música sua em espetáculo promovido pela então primeira-dama Darcy Vargas (O Mar). Nessa época, passou a se apresentar na Rádio Nacional, onde conheceu a cantora Stella Maris, com quem se casou em 1940. Seus três filhos, todos músicos, são frutos desta união: Dori Caymmi, Danilo Caymmi e Nana Caymmi.

Em 60 anos de carreira, Dorival Caymmi gravou cerca de 20 discos somente – não tinha pressa em compor. Preferia passar o tempo cultivando suas estreitas amizades, como as que mantinha com Jorge Amado a partir da década de 40, e com Tom Jobim anos mais tarde. Com músicas gravadas por dezenas de intérpretes – de Dick Farney a João Gilberto – em um sem número de versões, sua influência na música popular brasileira é imensurável.

Fonte: Veja On line

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