A farra com a coisa pública continua. É frustrante ter de admitir que práticas indecentes combatidas na Justiça e nos palanques, em 2004, foram literalmente transplantadas para o atual governo, que, pretensiosamente, autodenomina-se “UM NOVO TEMPO”.
Na gestão dos pardais, uma ação popular promovida pelo Águia foi suficiente para restabelecer a ordem. Na época a Canabrava Produções Artísticas, de Apolo e Eri, monopolizava as festas no Ferreirão a custo zero. Ademais utilizava o parque como estacionamento do famoso “Mega-som”. Agora chegou a vez dos morcegrilos provarem da doce imoralidade.
Num primeiro momento, apuramos que a farra não saiu a custo zero. Mas a quase zero. Segundo informações prelimianres a empresa promotora do evento recolheu a título de taxa de uso do solo urbano aproximadamente R$ 3.000,00. Algo em torno de 250 ingressos a R$ 12,00.
Quem foi à Forroreta viu um Ferreirão lotado. Além de a venda antecipada de ingressos ter bombado. Nos dois dias da festa enormes filas formaram-se diante da entrada principal do parque. A “Farroreta” foi sem dúvida um sucesso, de público e de indecência administrativa.
É bom que se diga, porém, que a realização de festas populares pela inciativa privada, em si, não representa um mal para o interesse público. A indecência reside na forma como esses eventos são levados a efeito.
Num momento em que o Munícipio está precisando de dinheiro para pagar o terreno das casas populares, no momento em que o prefeito se rende aos esquemas fisiológicos do PMDB sob o argumento de que sua adesão ao governo petista também é útil para o povo pombalense, o lógico e moral é que a Prefeitura busque gerar receitas, ao invés de forrar os bolsos de correligionários políticos, abrindo ensanchas a comentários maldosos.
Repita-se, a parceira com a iniciativa privada é sempre positiva. Desde que o interesse público seja preservado. No caso não foi!
Ao invés de promover uma licitação pública no sentido de vender a Forroreta, com a cessão do espaço do Ferreirão, a quem se interessasse em pagar maior valor, Zé Grilo, ao estilo do ex-preso Dadá, preferiu satisfazer interesses inconfessáveis de seus apaniguados políticos. Deixando dúvidas, inclusive, sobre o seu próprio interesse econômico no evento.
Algumas pessoas peguntaram porque o Águia não recorreu à Justiça para embargar a festa. Eis a resposta.
O Águia preferiu aguardar o vereador Zé Augusto fazê-lo. Como parlamentar, Zé Augusto é lider oficial da oposição-pardal na Câmara Municipal e ganha muito bem para legislar e fiscalizar a coisa pública.
Estava convicto de que o vereador Zé Augusto também não passaria perto desse fogaréu. Foi batata!!! A Nossa Cidade, empresa promotora do evento, tem nos seus quadros um compadre do Zé. Mas tinha de aguardar a prova para demonstrar, em definitivo, que o único político que faz oposição em Ribeira do Pombal é o Águia. Mesmo sem mandato.
PS: Ainda é tempo de Zé Grilo e seus apaniguados prestar algum serviço à sociedade pombalense. A publicação do balancete da grana abiscoitada na FARRORETA pode servir de parâmetro para futuras licitações. Se é que vale a pena falar-se em dignidade neste País!