Tudo mundo sabe que quem se mata são as pessoas, entre si mesmas, mas a culpa pela violência é do governo.
Governo nenhum pode evitar que um bicho humano mate outro. Só os humanos podem, espontaneamente, sair do domínio da agressão, para o da amizade.
Ninguém mais pode operar o milagre da amorosidade senão as pessoas mesmas que se agridem. Não há política de segurança pública que resolva isso.
Querer atribuir os efeitos da estupidez humana aos governos, é do peruuuu!!!
Todos sabemos que a violência não desaparece por efeito de intimidação.
Vivemos há 7.000 anos fazendo medo ao Outro, quer com polícias armadas e bem equipadas, quer com exércitos, quer com espionagem, quer com terrorismo, mas os assassinatos, os furtos, os roubos, os subornos, os estupros, a corrupção, a estupidez humana, só aumentam.
No espaço pós-colonialista, desconhecemos política de segurança pública que possa salvar a humanidade, tampouco possa debelar a violência.
Na verdade, no domínio colonialista, quando falamos de segurança pública, indicamos que a violência estatal tende aplacar ou inibir a violência privada. Enfim, é o confronto da violência oficial com a violência dos indivíduos.
A violência do Estado, que se manifesta por meio dos órgãos policiais, existe, então, para tentar sufocar a violência urbana ou rural. Todos sabemos, porém, que isso não funciona, pois a violência oficial não elimina as condições geradoras da violência social. E, se não as elimina, a violência privada persiste e tende aumentar.
É óbvio que a violência somente será controlada quando os governos identificarem as condições que a geram. E agirem para eliminar tais condições.
Enquanto isso não se der, os hipócritas desentendidos continuarão xingando os governos, e os governos fazendo de conta que combatem a violência.
Para o pensamento pós-colonialista, a violência não pode ser combatida, porque o combate pressupõe que tal fenômeno jamais acabe.
É isso mesmo! Quem fala de combate à violência não deseja que a violência desapareça, pois com ela desapareceriam advogados, juízes, promotores de justiça, policiais, carcereiros, secretários e ministros de justiça, que operam em tal combate.
As condições que geram a violência só serão eliminadas se e somente se a convivência humana se der num domínio psíquico informado pelo respeito mútuo e pela confiança de um ser humano no outro, como legítimo outro na coexistência. E isso somente é possível a partir da aceitação de um novo modelo de educação transformador, que desperte nas crianças o desejo de se tornarem adultos respeitosos, éticos e democráticos.
Respeitamos quem pensa diferente, mas o vemos como desentendido de araque.
Luiz Fernando R. de Sales
05/02/2016
Deivison Conceição
04/11/2015
Gildson Gomes dos Santos
04/11/2014
Gildson Gomes dos Santos
27/09/2014
Luciana Virgília Amorim de Souza
25/09/2014