“Superdenúncia desmoraliza Lula, PT e a Câmara
Escrito por Josias de Souza, no Blog Josias de Souza, ontem.
A superdenúncia encaminhada pelo Ministério Público ao STF deixa em situação vexatória o presidente da República, o partido dele e a Câmara dos Deputados. Lula desmoraliza-se pela cegueira. O PT pelo vexame de tentar acomodar sobre os ombros de Delúbio Soares uma perversão que foi urdida pela direção partidária. E a Câmara vai à sarjeta pela pizza que produziu ao inocentar o impensável.
Ao denunciar 40 personagens envolvidos no escândalo do mensalão, o Ministério Público atestou a formação de uma quadrilha que tinha entre os seus objetivos primordiais a perpetuação do PT no poder e a compra de consciências no Congresso. Algo que foi urdido nas dependências do Palácio do Planalto. A peça acusatória ressuscita uma pergunta perturbadora: como pode o presidente dizer que não sabia da ação do Ali-PT e seus 40 lambões?
Quanto ao PT, é preciso recordar que, exceto pela expulsão de Delúbio Soares, a quem se atribuiu o papel de Judas solitário, nenhum dos parlamentares que se serviram do valeriodito foi punido pela legenda. O vexame foi tonificado pela tentativa canhestra e, por sorte infrutífera, da bancada governista de arrancar do relatório final da CPI dos Correios os nomes dos ex-ministros José Dirceu e Luiz Gushiken.
A Câmara vai ao limbo por submeter julgamentos que deveriam ser técnicos a critérios que oscilam entre a conveniência política e a amizade pessoal. Ao incluir os deputados mensaleiros em sua denúncia, o Ministério Público reforça a impressão de que o plenário da Câmara converteu-se em palco do escárnio.
A ação do Ministério Público devolve à sociedade um alento. Repõe no horizonte próximo uma perspectiva de punição que parecia distante. Espera-se agora que o Judiciário tenha a grandeza de julgar os acusados com a celeridade que o escândalo exige.”
Luiz Fernando R. de Sales
05/02/2016
Deivison Conceição
04/11/2015
Gildson Gomes dos Santos
04/11/2014
Gildson Gomes dos Santos
27/09/2014
Luciana Virgília Amorim de Souza
25/09/2014