DA REDAÇÃO: A empreiteira Galvão Engenharia mantém comprovantes de pagamento de propina, no escândalo do Petrolão, e os apresentou à Justiça Federal do Paraná, que realiza a Operação Lava Jato. Os comprovantes se referem a pagamento de R$ 8,8 milhões em propina para uma empresa de consultoria do engenheiro Shinko Nakandakari, encarregado de recolher dinheiro em nome da diretoria de Serviços da Petrobras. essa diretoria era chefiada por Renato de Souza Duque, indicado ao cargo por José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil do governo Lula.
O chefe da divisão industrial da Galvão Engenharia, Erton Medeiros Fonseca, contou à Polícia Federal que estimava em R$ 5 milhões o total pago a Shinko para que a empreiteira obtivesse contratos na Petrobras, mas esse valor subiu para R$ 12,8 milhões. Outros R$ 4 milhões foram destinados ao doleiro Alberto Youssef e ao ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa.
Na petição entregue ao juiz Sérgio Moro, responsável pela condução da Lava Jato, os advogados José Luis Oliveira Lima e Camila Torres Cesar afirmaram que os pagamentos para Shinko ocorreram a partir de “uma efetiva ameaça de retaliação das contratações que a Galvão Engenharia tinha com a Petrobras, caso não houvesse o pagamento dos valores estipulados de maneira arbitrária, ameaçadora e ilegal”.
Segundo os documentos protocolados hoje pela Galvão, a propina foi paga à empresa LFSN Consultoria Engenharia S/S LTDA., registrada em nome de Shinko Nakandakari e dois parentes, Luis Fernando Nakandakari e Juliana Sendai Nakandakari. De acordo com as notas fiscais, a remuneração se devia a “serviços prestados conforme contrato de prestação de serviços”.
O primeiro depósito da Galvão, no valor de R$ 750 mil, ocorreu em 8 de novembro de 2010. O último, de R$ 230 mil, foi feito em 25 de junho de 2014. Sobre as operações incidiu cobrança de impostos. Do total de R$ 8,8 milhões acertado entre Galvão e Shinko, o valor líquido depositado em contas da família de Shinko Nakandakari foi de R$ 8,3 milhões.
“Meu cliente foi vítima dos crimes de extorsão e concussão”, diz o advogado José Luis Oliveira Lima, que defende a Galvão. Segundo ele, se a empresa não fizesse os pagamentos exigidos, o ex-diretor Paulo Roberto Costa ameaçava inviabilizar os contratos que a empreiteira tinha com a Petrobras.
Na petição entregue ao juiz Sérgio Moro, os advogados afirmam que os pagamentos para Shinko ocorreram a partir de “uma efetiva ameaça de retaliação das contratações que a Galvão Engenharia tinha com a Petrobras, caso não houvesse o pagamento dos valores estipulados de maneira arbitrária, ameaçadora e ilegal”.
Entre 2010 e 2014, a Galvão obteve R$ 3,47 bilhões em contratos com a estatal, de acordo com a Polícia Federal. Os consórcios que a empreiteira fazia parte entre 2007 e 2012 conquistaram mais R$ 4,1 bilhão em negócios com a Petrobras.
De acordo com Oliveira Lima, nenhum dos contratos foi obtido de maneira ilícita –todos foram conquistados pelo menor preço, ainda segundo ele.
A apresentação dos comprovantes, afirma o advogado, é a comprovação de que a empreiteira quer colaborar com a Justiça.
Segundo os documentos protocolados hoje pela Galvão, a propina foi paga à empresa LFSN Consultoria Engenharia S/S Ltda., registrada em nome de Shinko Nakandakari e dois filhos dele, Luis Fernando Nakandakari e Juliana Sendai Nakandakari.
De acordo com as notas fiscais apresentadas pela LFSN, a remuneração se devia a “serviços prestados conforme contrato de prestação de serviços”.
O primeiro depósito da Galvão, no valor de R$ 750 mil, ocorreu em 8 de novembro de 2010. O último, de R$ 230 mil, foi feito em 25 de junho de 2014. Sobre as operações incidiu cobrança de impostos. Do total de R$ 8,8 milhões acertado entre Galvão e Shinko, o valor líquido depositado em contas da família de Shinko Nakandakari foi de R$ 8,3 milhões.
Fonte: Diário do Poder
Luiz Fernando R. de Sales
05/02/2016
Deivison Conceição
04/11/2015
Gildson Gomes dos Santos
04/11/2014
Gildson Gomes dos Santos
27/09/2014
Luciana Virgília Amorim de Souza
25/09/2014