DA REDAÇÃO: Derrubado pela Câmara dos Deputados na sessão do dia 28/10, dois dias após o 2º turno das eleições 2014, o PT agora tenta dar sobrevida ao Decreto 8.243, que tramita no Senado Federal. O ato administrativo, rotulado pela oposição de “decreto bolivariano”, em referência ao chavismo venezuelano, está sendo usado por parlamentares aliados do governo para constranger a presidente Dilma Rousseff, em resposta à falta de diálogo entre o Poder Executivo e o Legislativo.
Em email encaminhado a filiados e simpatizantes, na tarde dessa quarta-feira, (12/11), a direção nacional do PT convoca a “população” para pressionar os senadores a manifestarem apoio ao decreto. Na mensagem o decreto de Participação Social é apresentado como instrumento com capacidade para “revigorar a democracia e fortalecer o Congresso Nacional” e diz, categoricamente, que tudo dito ao contrário são “inverdades”. Por fim, concita a população a ficar de olho nos senadores que se manifestam contra o decreto e a exigir deles adesão ao decreto de Dilma.
Leia abaixo a mensagem na íntegra:
“Olá Companheir@!
Pressões não ligadas à vontade popular podem levar à derrubada do decreto. Então verifique se o seu senador – http://www.senado.gov.br/senadores/ – é contra ou a favor de sua participação nas decisões importantes do País.Peça a ele para que não derrube esse mecanismo tão importante para o povo brasileiro.#NãoDerrubaSenador. A cientista política Thamy Pogrebinschi rebate, em quatro pontos, falácias sobre o decreto.
1 – Se os resultados dos mecanismos nacionais de participação são aproveitados por algum partido, esse não é o PT isoladamente;
2 – Os mecanismos nacionais de participação não fortalecem o Executivo em detrimento do Legislativo;
3 – Os mecanismos nacionais de participação, além de não enfraquecerem a representação eleitoral, podem contribuir para reforçá-la;
4 – Os mecanismos nacionais de participação, ao contrário de criar um sistema político novo, ampliam a democracia representativa.
O decreto número 8.243/2014 foi criado sob o pretexto de instaurar a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional de Participação Social (SNPS). Mas, na prática, prevê a implantação de “conselhos populares”, formados por integrantes de movimentos sociais, vinculados a órgãos públicos. A matéria instituiu a participação de “integrantes da sociedade civil” em todos os órgãos da administração pública. Porém, ao trazer uma definição restritiva de sociedade civil, representa um assombroso ataque à democracia representativa e à igualdade dos cidadãos ao privilegiar grupos alinhados ao governo.
Com informações de Veja
Luiz Fernando R. de Sales
05/02/2016
Deivison Conceição
04/11/2015
Gildson Gomes dos Santos
04/11/2014
Gildson Gomes dos Santos
27/09/2014
Luciana Virgília Amorim de Souza
25/09/2014