SAMU: 192 | Bombeiros: 193 | Defesa Civil: 199 | Polícia Militar: 190 

Publicidade

/ Geral

A botija da Promotora de Justiça

Na minha infância  muito se falava de botijas. Pequenos tesouros enterrados ou escondidos por nossos antepassados. Fala-se que pessoas ricas costumavam esconder suas fortunas em buracos, grutas etc. e quando morriam apareciam aos vivos pedindo para desencavarem-nas como condição de  se salvarem do mármore do inferno. Na minha pureza de criança paupérrima cheguei a sonhar com essas botijas. Já adulto me dei conta de que tinha de trabalhar como qualquer mortal para sobreviver.

Lendo, porém, os jornais de ontem (13/09), fui forçado a recuperar algumas reminiscências juvenis. O noticiário informa que um membro do Ministério Público luta para recuperar cerca de R$ 280 mil que teriam sido enterrados no quintal da sua residência. Ora, eu, que não mais acreditava em botijas, estou sendo obrigado a rever minha posição. Botijas, de fato, existem! Com uma diferença dos tempos de antanho, os seus donos não precisam morrer para que sejam encontratadas através de sinais do além-túmulo.

No caso concreto, a poupuda botija, supostamente borrifada com recursos das arcas do mensalão-DEM,  foi localizada pela Polícia Federal no quintal da promotora de justiça Deborah Guerner, de Brasília, onde estava enterrada. Com efeito, morto não reclama o domínio da botija. Mas, enquanto vivo, o “botijeiro” parece não abrir mão do tesouro. É o que sugere a promotora Guerner, que pede à Justiça a devolução do dinheiro achado no seu quintal sob o argumento de que se trata de tinheiro limpo, embora úmido.

 

Comentários