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O pum do gambá – I


Dadá insinua falta de isenção do Ministério Público

Ao ser interrogado perante a 1ª Vara Especializada Criminal de Salvador, nos autos da Carta Precatória nº 1178497-3/2006 oriunda da Vara Criminal de Ribeira do Pombal, o ex-prefeito Edvaldo Cardoso Calasans tenta se defender apontando sua metralhadora verbal para o advogado Gildson Gomes dos Santos e para o Ministério Público da Bahia.

Segundo o ex-preso Dadá, as denúncias formuladas pelo sr. Gildson Gomes têm visível motivação política uma vez que o advogado é presidente de um partido político, tendo sido, inclusive, candidato a deputado estadual e federal. O ex-preso Dadá nega a prática de todos os crimes imputados pelo MP e acusa o ex-prefeito Nilson Brito de haver emitido vários cheques sem fundos da Prefeitura durante o curto período em que assumiu o Poder Executivo em virtude do seu afastamento eleitoral.

Na parte do interrogatório que seu defensor distribuiu à imprensa, Dadá estranha o fato de o empresário “Márcio da Honda”, o marido da secretária municipal de Assistência Social de Ribeira do Pombal, Maria Helena Brito, filha de Nilson Brito, seu “principal opositor”, ter ficado fora do processo-crime, já que, segundo ele, estaria em situação semelhante à de Apolo da Canabrava.

Apolo está sendo acusado de haver prestado serviços sem licitação à Prefeitura e o Posto Márcio teria vendido ao Município uma enorme quantidade de combustíveis de forma irregular. Como se vê, a tática defensiva do ex-preso Dadá se assemelha a um pum de gambá. Tudo indica que seu objetivo é tornar o ambiente o mais fedorento possível, levando consigo para o cadafalso pelo menos um adversário histórico.

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