Atualizado em 11/03, às 17h50
DA REDAÇÃO: Nesta quarta-feira (08/03), o advogado Gildson Gomes dos Santos foi expulso da sala de audiência da Vara Cível de Ribeira do Pombal, quando se dirigiu ao Fórum Ministro Oliveira Brito no intuito de pedir providências a respeito de um processo que se encontra no gabinete da magistrada local, Andrea de Souza Tostes, a quase um ano sem movimentação. Lá foi recebido por uma juíza da Corregedoria do Tribunal de Justiça, a Sra. Isabella Santos Lago, que comanda uma força-tarefa, buscando, segundo ela mesma, pôr ordem nos serviços judiciais da Vara Cível desta Comarca.
Depois de ter escutado atentamente um rosário de queixas de uma advogada da cidade, que se somam às divulgadas nesse espaço virtual AQUI e AQUI, Sua Excelência, a juíza Isabella Santos Lago, gentilmente, consultou se o advogado Gomes desejava formular mais alguma denúncia. O advogado argumentou que não, porque passou a entender que magistrada de Ribeira do Pombal, deixou de ser vilã para assumir o papel de vítima do sistema judiciário.
Em seguida, tentou mostrar que a constrangedora situação em que se encontra a Vara Cível de Ribeira do Pombal deixou de ser um problema particular da magistrada local, a Sra. Andrea de Souza Tostes, convertendo-se num problema de gestão do Tribunal de Justiça e da própria Corregedoria, que arquiva todas as queixas formuladas sem qualquer consequência para o problema da morosidade processual denunciada pelos advogados desta Comarca. Os arquivamentos são feitos por determinação de ato do próprio Corregedor da Comarcas do Interior da Bahia.
Ocorre que Sua Excelência, a juíza Isabella Santos Lago, entendeu que críticas à invulgar disfuncionalidade do sistema judiciário baiano não eram oportunas, ao menos naquele momento, e, então começou a interromper o advogado, enquanto este falava. Foi aí quando o causídico alegou que a interlocução não se tratava de “debate parlamentar”, momento em que Sua Excelência, a juíza Isabella Santos Lago, argumentou que o advogado Gomes estaria sendo “grosseiro”, expulsando-o imediatamente da sala.
“Não ofereci resistência, ainda que pudesse tê-lo feito, porque sei que nessa cultura matriarco-patriarcal, quando uma autoridade não escuta o que lhe agrada, acaba sempre se valendo da espada (poder) para sufocar as inconveniências. Contudo, quero reafirmar aqui a minha convicção a respeito do descalabro gerencial que a Vara Cível encontra-se neste momento e que qualquer mecânico de automóvel saberia resolver: quando a máquina não funciona, a solução é reparar o defeito, trocando a peça. E nesse sentido a Corregedoria do Tribunal de Justiça da Bahia parece estar necessitando de capacitação, porque tem atuado como uma péssima mecânica”, aduz o advogado.
Luiz Fernando R. de Sales
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