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Negociatas judiciais – III

Por Levi Vasconcelos

Caribé ataca MP

A Operação Janus, que investiga supostas vendas de sentenças no Judiciário baiano, está criando uma cizânia entre o Tribunal de Justiça e o Ministério Público. Ontem, no Pleno do TJ, o desembargador Gilberto Caribé fez uma ataque direto. Disse que o MP está fugindo “dos rumos que o norteiam” e citou o promotor Ramires Tyrone:
– As declarações dele estão soando insolentes ao Judiciário baiano. Como se estivesse acometido de uma crise de imbecilidade aguda, o promotor chegou a declarar: “Espero que o poder e a influência da quadrilha não tenha influenciado a decisão da Câmara” (2ª Câmara Criminal, da qual Caribé [ex-presidente do TJ] é integrante, que concedeu o habeas corpus liberando os advogados acusados no caso).
Tyrone não quis responder ao ataque. Mas Valmiro Macedo, também promotor (adjunto do chefe do MP; Lidivaldo Brito, para crimes de prefeitos), foi mais além: “Eu e Ramires fomos avaliados por Caribé, que participou da Comissão de Concurso. Caribé sabe que Ramires não é imbecil. É pessoa séria. Eo MP está cumprindo o seu papel, como queremos que o Judiciário cumpra o dele”.
Caribé é egresso do MP.

A Tarde, 13/09/2008, Coluna Tempo Presente.

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