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Retrospectiva do Blog 2007 – VII

Em fevereiro, o assassinato de João Hélio Vieites, de 6 anos de idade, deixou o país inteiro em estado de choque. Preso pelo cinto de segurança do carro, o menino foi arrastado até a morte, por ruas da Zona Norte do Rio, pelos bandidos que haviam roubado o Corsa Sedan em que ele viajava com sua mãe, Rosa, e a irmã, Aline. No enterro de João Hélio, o país inteiro chorou com sua família. Passados dez meses da tragédia, os assassinos do menino ainda não foram condenados. A acusação de latrocínio contra Carlos Eduardo Toledo Lima, de 24 anos (o assaltante que guiou o carro e chegou a ziguezaguear com ele na tentativa de livrar-se do corpo do menino), e Diego Nascimento da Silva, seu comparsa de 19 anos, aguarda sentença judicial desde o dia 31 de outubro. “Os pais me ligam todos os dias para saber se a decisão saiu, não conseguem nem trabalhar”, diz Gilberto Fonseca, advogado da família. Quanto ao muito que se disse e se prometeu no auge da comoção causada pelo crime, muito pouco se fez no final. No Congresso, que chegou a anunciar uma “guerra contra a bandidagem”, apenas duas leis foram aprovadas: uma que torna mais dura a punição para quem comete crimes hediondos (mas que, na verdade, é mais branda do que a que vigorava em 1990) e outra que dobra a pena para bandidos que recrutam menores de idade. É muito pouco diante da praga criminal que assola o Brasil.

Fonte: Veja

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