Do Blog do Noblat, hoje:
Acho engraçado quando alguns comentaristas me cobram um jornalismo imparcial.
Primeiro porque não há jornalismo imparcial – há jornalismo honesto. Segundo porque a maioria das pessoas só aprecia o que reforça suas convicções.
Se algum texto contraria as convições, é desconsiderado.
Os eleitores de Alckmin gostariam que eu escrevesse que ele foi um bom candidato – não foi.
E os de Lula que eu tivesse ignorado os escândalos do PT e do governo – seria impossível.
Li, não faz muito tempo, um livro sobre campanhas políticas.
O que Lula fez em 2002 e repetiu agora está descrito em um dos capítulos do livro – salvo engano, se chama “triangular”.
Ele “triangulou”. Em resumo: tomou bandeiras dos adversários e se elegeu com elas.
A estabilidade da moeda elegeu e reelegeu FHC.
Foi com ela (“Carta aos brasileiros”) que Lula se elegeu e se reelegeu.
Os programas sociais foram inventados por FHC.
Lula reuniu-os sob o guarda-chuva do Bolsa Família, criou outros, gastou com eles uma nota preta e se reelegeu.
Até 2002, Lula e o PT escolhiam aliados. Quer dizer: desprezavam os que não lhes pareciam boas companhias.
Desde então, o que importa é o voto – não a folha corrida do aliado. E tome Jader Barbalho, Newton Cardoso, Severino Cavalcanti, o bispo Edir Macedo da Igreja Universal, etc…
Tem voto?
Vem prá caixa você também…
Nada a ver com caixa dois – ou tudo a ver, se necessário.
Lula e o PT venceram em 2001 porque pareciam diferentes – mas nem tanto assim.
Ganharam em 2006 porque se tornaram iguais aos adversários, jogaram com as armas deles e foram mais hábeis ao fazê-lo.”
Luiz Fernando R. de Sales
05/02/2016
Deivison Conceição
04/11/2015
Gildson Gomes dos Santos
04/11/2014
Gildson Gomes dos Santos
27/09/2014
Luciana Virgília Amorim de Souza
25/09/2014