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Mensalão existiu, confirma CPI

Foto/Agência Câmara
Os trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, que investigava desvios de dinheiro público no âmbito da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, denominada CPMI dos Correios, foram encerrados com a aprovação do voto do relator-geral, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), que acolheu algumas alterações sugeridas pelo voto em separado da deputada juíza Denise Frossard (PPS-RJ).

Mesmo tendo sido abominadado com virulência pelos petistas, o relatório foi aprovado por 17 votos contra 4. Votaram favoravelmente os senadores Heráclito Fortes (PFL-PI), César Borges (PFL-BA), Demóstenes Torres (PFL-GO), Sérgio Guerra (PSDB-PE), Alvaro Dias (PSDB-PR), Jefferson Péres (PDT-AM) e Heloísa Helena (Psol-AL) e os deputados Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), Onyx Lorenzoni (PFL-RS), Eduardo Paes (PSDB-RJ), Gustavo Fruet (PSDB-PR), Juíza Denise Frossard (PPS-RJ), Pompeo de Mattos (PDT-RS), Medeiros (PL-SP), Asdrubal Bentes (PMDB-PA) e o relator Osmar Serraglio.

A CPMI concluiu que o mensalão efetivamente existiu. Parlamentares foram agraciados com propinas para votar em matérias legislativas de interesse do governo Lula. O propinoduto arquitetado pelo publicitário Marcos Valério e gerenciado pelo ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, foi denunciado pelo então deputado Roberto Jefferson (PDT), o primeiro a ser cassado pela Câmara dos Deputados em virtude do mais rumoroso episódio de corrupção ocorrido no Brasil.

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